O Secretário do Estado da Economia Digital, Pedro Lopes, foi um dos oradores do painel sobre a temática “A afirmação da Economia Digital no pós-guerra", promovida no âmbito da primeira edição da Conferência Internacional sobre o Futuro da Economia, organizada pelo Instituto Superior de Ciências Económicas e Empresariais - ISCEE (de 20 a 22 outubro), nas cidades da Praia e do Mindelo.

Durante a sua alocução, defendeu, entre outros que, as soluções e tecnologias digitais podem "ajudar a resolver muitos dos desafios" que poderão surgir no pós-guerra.

 

Por exemplo, apontou o Governante, "é possível que os sistemas de pagamentos digitais se tornem ainda mais difundidos à medida que as pessoas procuram maneiras de evitar transações em dinheiro e manter suas famílias protegidas contra roubo ou destruição".

Outra ideia defendida pelo Secretário do Estado Pedro Lopes tem que ver com as identidades digitais que, conforme disse, também serão uma parte importante desse processo, uma vez que "a maioria das instituições financeiras as exigirá para funcionar após um evento tão devastador".

 

Além disso, continuou, "as ferramentas digitais podem tornar mais fácil para governos e organizações de ajuda humanitária obterem informações sobre o que precisa ser feito em resposta a desastres naturais ou outras crises". Neste particular, aponta como exemplo em Cabo Verde o projeto "NHA CARD, desenvolvido em tempo record, e que permitiu a monitoração por parte do governo e mobilidade por parte dos cidadãos".

 

A concluir, disse que o digital pode ser a chave para o futuro dos cenários do pós-guerra. "Ela pode fornecer empregos para pessoas deslocadas e ajudar na reconstrução de infraestruturas em áreas devastadas pela guerra", e lançou o desafio para que todos possam adquirir competências nesta área, "correndo o risco de ficarmos para trás num mundo em mudança acelerada".